sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Saudade

Roupas num saco
Poções no armário
Travesseiro perfumado.
Esquecidos ou deixados?
Abandonados ou guardados?

Talvez pequenas migalhas
Indicando o caminho de casa
À menina apaixonada,
Amada porém distante.

O quarto se expande.
Imensurável,
Do tamanho da mente.
As paredes ecoam reminiscências cortantes.

Ao reencontrar o lar
Fenômeno formidável:
As paredes desvanecem,
As coisas diáfanas.
O quarto deixa de ser espaço,
Tudo é tempo
Lentamente acelerado em sua paralisia.

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