Alguém mandou acionar o bonde.
E lá vai ele de novo, depois de um ano, carregando de tudo um pouco.
Das coisas que transporta, é possível vislumbrar de longe, meio dependurado, batendo contra o corpo do veículo, que não é de metal, nem de madeira, nem de pedra, nem tampouco de marfim, pequenos versos entrelaçados quase arrastando nos trilhos e vulneráveis ao menor solavanco. O apreensivo espectador, muito íntimo deles, despede-se com um aceno e reza que eles tenham força suficiente para seguirem firmes e não ficarem pelo caminho.
Três jeitos
Num abraço dado
Espreme forte
Que toda saudade escorre.
Dum afago suave
Agita a poeira,
Descobrindo o dia.
Ao piscar confiante
Encerre alguém
Num eterno instante.
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Um comentário:
e lá vamos nós. =)
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